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domingo, 1 de novembro de 2009


Os 100 maiores filmes sobre infância e criança de todos os tempos

ADVERTÊNCIA: Essa lista (como todas as outras que são publicadas em todo mundo e em todos os veículos midiáticos), é aleatória e não tem qualquer tipo de pretensão de representar uma verdade absoluta. É um juízo de valor individual e subjetivo. A ordem dos filmes também é aleatória e subjetiva, qualquer um dos filmes citados pode ocupar qualquer um dos lugares da lista, ou seja, essa relação pode ser alterada de acordo com o gosto pessoal de que a re-elabora.




98 A Malandrinha (Curly Sue), de John Hughes.

A história tem inicio quando Bill Dancer (James Belushi) encontra na porta de sua casa um bebê abandonado após uma noite de farra. Ao seu modo ele se desdobra para criá-la da melhor forma possível e, 9 anos depois, Curly Sue (Alisan Porter) o ajuda em seus pequenos golpes. Os dois vivem mudando de cidade e, ao chegarem em Chicago, tentam aplicar um golpe em Grey Ellison (Kelly Lynch), uma conhecida executiva de uma empresa de advocacia. Eles fazem com que Grey pense que atropelou Bill, visando ganhar um jantar, mas ela acaba se envolvendo com ambos e muda suas vidas.

O que mais gosto nesse filme é o seu aspecto subversivo e nada politicamente correto, ou seja, ao lermos o resumo da história podemos achar que se trata da mais odiosa forma de estorsão desse mundo moderno (usar uma criança para se conseguir alguma vantagem pessoal), entretanto, essa artimanha se transfigura quando temos a presença dessa adorável menininha. Não podemos ser tão rigorosos com esse pai e com essa menininha por que afinal de contas ele fez o que fez para dar um certo conforto para ela. Nesse sentido, a garotinha Curly Sue representa tanto a união entre o pai e a advogada, pois, facilita o jogo amoroso entre eles como é a garantia da possível recuperação do seu pai.

97º - Quando as metralhadoras cospem , de Alan Parker







A pequena Jodie Foster, em Bugsy Malone – Quando as metralhadoras cospem , de Alan Parker, um musical em homenagem aos loucos anos 20, representam de forma esquemática e caricatural a história da ascensão de Bugsy Malone (Scott Baio) e sua companheira Tallulah (Jodie Foster), em meio à luta pelo poder entre Fat Sam (John Cassisi) e Dandy Dan (Martin Lev). Os gagsters com armas que disparam bolas de chantilly.



96º - Marcelino, pão e vinho
No belo e comovente, Marcelino, pão e vinho, Ladislao Vajda chegou bem perto da idéia de crucificar Pablito Calvo, o ator. Ao nascer, ele é abandonado nas escadas de um monastério e então passa a viver no monastério.


Foi o primeiro filme que vi em toda a minha vida no cinema. Assisti num cinema que se localizava na avenida do Contorno, no bairro Floresta, chamado Cine Odeon. Eu me lembro até hoje do cheiro do cinema e da pipoca. Lembro-me da emoção e da alegria de ver a história de um menino tão parecido com tantos meninos que conhecemos e que é capaz de fazer uma escolha em virtude do olhar puro e sem pré-conceitos.
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95 - Minha vida de cachorro
Nesse filme, o diretor e os atores conseguem registrar poesia em torno de tanto sofrimento. Eu sei que o cinema possibilita que aqueles que são vítimas de circunstancias cruéis conseguem preservar uma certa inocência. O garoto Ingemar (Anton Glanzelius), em minha vida de cachorro, de Lasse Hallstrom, encarna um personagem positivo e natural. Quando sua mãe fica doente e ele é obrigado a viver com o tio, não tenta atingir os adultos e nem ao menos interfere no seu próprio destino. Ele se integra ao novo universo e abre-se a novas experiências.



94 - Cria cuervos

Grande ganhador do Festival de Cannes e indicado ao Globo de Ouro e ao Cesar de Melhor Filme Estrangeiro, Cria Cuervos é uma obra prima dirigida por Carlos Saura. O diretor espanhol analisa as relações familiares durante o franquismo através da história de Ana (Geraldine Chaplin) e suas tristes lembranças de 20 anos atrás, quando aos nove anos, ela vê seus pais morrerem em um pequeno espaço de tempo. Na época, sozinha, Ana pensava ter uma estranho poder sobre a vida e a morte de seus familiares. Remorso que carregou para a fase adulta, junto com o sentimento de culpa, por achar-se a responsável pela repentina morte do pai (Héctor Alterio).

A atriz Anna Torrent (então com 9 anos) interpreta uma esquizofrênica bem distante de uma criança dentro do padrão de normalidade. A mãe morre de cancer, e ela culpa o pai por isso e fica obsecada por vingança.

93 - Lua de papel (Paper Moon), de Peter Bogdanovich.

Uma órfã de 9 anos (Tatum) passa a formar dupla com um vigarista, realizando vários golpes. O roteiro nos conduz nas estradas o crescimento do amor entre pai e filha, os golpes e as dificuldades da depressão no meio oeste dos Estados Unidos. A pequena Tatum catalisa a moral que falta em seu pai, que vive ludibrindo e enganando os outros. A menina intuitivamente tenta dar um ar de respeitabilidade à situação.

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Quem sou eu

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Graduado nos cursos de Filosofia e História pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Filosofia da Arte e Estética pela mesma Universidade. Atualmente sou professor assistente b do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Tenho experiência na área de Filosofia, com ênfase em História e Filosofia da Arte, atuando principalmente nos seguintes temas: fundamentos filosóficos da educação, introdução ao pensamento científico e filosofia da ciência, cinema e artes visuais, aspectos formais da arte, criatividade, processo de criação, estética da formatividade de Luigi Pareyson, cultura e modernidade brasileira.