(Fotos by Ronaldo Campos, Lisboa, julho de 2011)
Em Lisboa, na rua Tomas Ribeiro (próxima da Praça Marquês de Pombal), vi algo que acreditava que só existiria em países, onde a memória é desprezada. A rua citada (segundo uma antiga moradora) era ocupada por grandes casarões em estilos clássico (neo-clássico) e eclético. Mas com o desenvolvimento da cidade essas construções foram abandonadas, a maioria destruídas e substituídas por (feios e) modernos edifícios. Essa rua (diferentemente do restante da parte histórica de Lisboa que é muito bem conservada) é a marca do descaso com o Patrimônio. Provavelmente, isto deve ocorrer uma vez que em Portugal, como no Brasil, as construções do século XIX e início do século XX, não são consideradas artisticamente e historicamente importantes. Nessa rua, há alguns edifícios que foram abandonados. Diferentemente, quando um edifício ou casa é abandonado no Brasil, logo logo é ocupado por bandidos, drogados e desocupados de maneira geral. Aqui na nossa terra essas casas abandonadas tornam-se lugares perigosos. Lá, em Lisboa, não há perigo algum. Pelo contrário, esses lugares que poderiam tornar a cidade mais e mais feia, foram integrados na cena urbana pela arte do grafite. Esses artistas urbanos criaram figuras e formas que de modo lúdico tornava o que era para ser feio em algo belo que pode ser contemplado.
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