O texto acerca do filme "Buenos Aires 100 km" gerou no meu e-mail algumas dúvidas e perguntas. Para tentar responder algumas delas, publico no blog alguns apontamentos sobre o cinema argentino. Este não objetivam resumir toda a história do cinema argentino, pelo contrário, essas notas são pontuais (e até mesmo esquemáticas.
Como (praticamente) toda produção cinematográfica do nosso continente, o cinema argentino também se estruturou em ciclos. De forma bastante sumária, podemos apresentar tais ciclos a partir de dois momentos, a saber: o primeiro, auge e expansão; o segundo, a estagnação e um paulatino declínio.
A Argentina pode ser incluída entre os primeiros países do mundo que tiveram contato com a grande invenção dos irmãos Lumière, o cinematografo. A primeira exibição pública ocorreu em 18 de julho de 1896, no Teatro Odeon de Buenos Aires.
A produção fílmica argentina (considerada pioneira na América Latina) foi impulsionada por importantes diretores como Lucas Demare, Mario Sofici e Hugo Del Carril que produziram clássicos como Prisioneiro de La tierra, La guerra gaucha, entre outros. Estas obras se destacaram pelo alto profissionalismo e uma técnica apurada de nível internacional.
Com a chegada do peronismo ao poder no ano de1946, paradoxalmente, não gerou uma produção cinematográfica influenciada por temas sociais reivindicatórios, ao contrário do que ocorreu no plano das classes trabalhadoras. O cinema dessa época apresentou os valores populistas do peronismo em filmes marcadamente conformistas e sem o talento e técnica do período anterior. Destacaram-se nessa época comédias ligeiras como Telefone Branco, onde, as estrelas se vestiam ricamente com peles e muitas jóias seguindo a moda da primeira dama do país, Evita Peron. Também dessa época destacam-se as adaptações literárias: Os três mosqueteiros, A dama das camélias, entre outros.
Em meados dos anos cinqüenta, a influência da cinematografia mexicana se faz sentir em quase todo o continente. Entretanto, a Argentina se torna uma ilha cinematográfica que atrai grande interesse da crítica especializada, por buscar influencia na Europa e se afastar do melodrama mexicano.
O que é moderno? O que é modernidade? Qual o papel da arte e da filosofia numa sociedade industrial contemporânea? Textos escolhidos e (ou) redigidos por Ronaldo Campos com o objetivo de pensar\problematizar a contemporaneidade utilizando como ferramenta a sensibilidade estética.
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Quem sou eu
- Arte, Filosofia e Modernidade
- Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
- Graduado nos cursos de Filosofia e História pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Filosofia da Arte e Estética pela mesma Universidade. Atualmente sou professor assistente b do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Tenho experiência na área de Filosofia, com ênfase em História e Filosofia da Arte, atuando principalmente nos seguintes temas: fundamentos filosóficos da educação, introdução ao pensamento científico e filosofia da ciência, cinema e artes visuais, aspectos formais da arte, criatividade, processo de criação, estética da formatividade de Luigi Pareyson, cultura e modernidade brasileira.
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