
Sobre a polêmica dos acervos nas mãos de famílias que não têm competência para gerir parte tão importante da nossa memória e identidade cultural, o jornal Folha de São Paulo, na coluna Painel do leitor, publicou um texto de Maria Cecilia Florence sobre o tema.
O que Maria Cecilia Florence diz deve ser lido com atenção. Essa famílas devem repensar a sua atitute e relação com os bens que herdaram. Provavelmente, apenas uma intervenção do Estado possa efetivamente fazer algo
ACERVOS: "Sou descendente do artista Hércules Florence (1804-1879, inventor da fotografia no Brasil em 1833, pintor e desenhista) e discordo do filho de Lygia Clark (Ilustrada, 21/10), para quem o acervo de artistas mortos deve permanecer sob a responsabilidade da família, por ao menos um motivo, que exemplifico com a história dos Florence. Com a passagem das gerações, hoje as obras de Hércules estão nas mãos de duas pessoas, que podem abusar do poder de donas da bola , tomando atitudes como cobrar para exibir as obras para a imprensa, a contragosto de todo o resto da família. Um acervo de interesse público deve ficar à disposição do público, e só um órgão do Estado pode providenciar isso ao longo dos anos. Ao contrário do que diz álvaro Clark, quem tomaria conta desses acervos não seriam as administrações, mutáveis de quatro em quatro anos, mas sim o corpo de funcionários públicos especializados e fixos por uma boa sequência de anos." (Maria Cecilia Florence - Rio de Janeiro(RJ)) Depoimento publicado no dia 25 de outubro de 2009 no jornal Folha de S. Paulo Caderno Opinião, A3
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