
A nossa diva: Maria Bethânia atinge a dimensão de uma Ella Fitzgerald brasileira
(texto de Ronaldo Campos)
Quando recebi a revista desse mês, eu disse: que bela surpresa a edição número 146 da Bravo! Como as fotos da cantora Maria Bethânia ficaram maravilhosas! Ela merecia um destaque assim.
Mas a entrevista deixou muito a desejar. Como ele conseguiu perder quase duas horas com a cantora baiana? O que ele foi fazer? A chamada de capa não combina com o que o entrevistador trouxe a tona.
Eu até posso concordar que é muito curioso conhecer a história do anel de ouro com a face de um índio. Do mesmo jeito que ficaria ótimo no programa do Jô junto com as histórias sobre sereias, tatuagens, os encontros e desencontros com a Gal, a lei Rouanet... Agora na revista Bravo...
Acredito que se a entrevista fosse centrada na obra e não na vida, o texto seria muito mais rico. Pois, nesse mundo de pseudo-celebridades, Bethânia é uma estranha no ninho. Ela não vai para ilha de Caras ou fica no Leblon para ser fotografada. Ela lê, estuda, busca informações, isto é, Bethânia produz algo que tem consistência e coerência. O que nos interessa nela está nos seus discos, nas suas escolhas musicais, nos shows...

Nenhum comentário:
Postar um comentário