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sábado, 1 de outubro de 2011

D. Albuquerque matou o humor no Brasil?


O Brasil está doente! Falta humor, falta espírito esportivo! Sobra patrulhamento ideológico, gente chata e  falso moralismo!
Toda vez que entro na internet ou abro um jornal (ou revista) sou surpreendido com a monotonia e a falta de capacidade de rir de si mesmo. Cada vez mais me chama mais atenção as notícias desse mundo de quase celebridades. Os (quase) astros e (quase) estrelas do Brasil fazem de tudo para conseguir um lugar no sol. Eles pedem para "sair" na imprensa fazendo qualquer coisa. E quando o seu programa, produto ou imagem não passa de um traço na medição do ibope, eles têm que produzir algo ou se aproveitar de algo para conseguir a tal sonhada fama.
Nos Estados Unidos, um programa como o  fashion police, as celebridades  no tapete vermelho ou no dia a dia, são alvos da  língua afiada de Joan Rivers que chega a comparar os modelitos das famosas ao das garotas de programa (num quadro intitulado " essa vadia roubou o meu look"). Já imaginou o que algumas celebridades fariam se o que é dito nesse programa fosse dito aqui no Brasil por qualquer dos apresentadores. No Brasil, parece haver um código onde não se pode criticar nada. Mesmo assim temos muitos  programas que criticam esse mundo da fama - há desde aqueles muito condescendentes (o TV fama, por exemplo) até os mais cruéis (o pânico ou o CQC). O tom do humor varia muito, mas sempre de forma positiva. Um quadro que não tem essa condescendência positiva para os quase famosos é o   Top 5 do CQC, pois, a proposta é um humor ácido e graça surge do ataque direto a determinados tipos de atitudes apresentadas em dados tipos de programas de televisão. O maior exemplo desse tipo de humor é o  Rafinha Bastos. Adorado na internet e temido pelos famosos.  Quando a  quase famosa  Daniele Albuquerque não conseguiu pronunciar em inglês a palavra Octógono, quadra onde acontecem as lutas de MMA, ela se tornou a "vítima" da vez. No lugar de achar graça e tentar não errar mais, ele se mostrou indignada e exigiu um pedido de desculpas. Já pensou se toda celebridade americana (lá eles são famosos de verdade), exigisse que Joan Rivers se retratasse... o programa seria só isso. A quase apresentadora não colocou o seu nariz no lugar. O Rafinha resolveu pedir perdão, dizendo que resolveu virar um bom moço e falar dos seus pecados. Pediu perdão para a  apresentadora. Quando que isso iria acontecer nos Estados Unidos.
No Brasil, o Roberto Carlos mandou recolher todos os livros por que não concordava com o autor, o Collor impediu que a rede Manchete exibisse a novela "O Marajá", o filme "Amor estranho amor" nunca será exibido na televisão ou lançado em dvd por que uma atriz secundária assim não o quer... Onde está a liberdade de expressão? O que é liberdade no Brasil?
Eu acredito que a liberdade de expressão aqui é pura ficção. Posso exemplificar tal afirmação com a reação a uma piada dita por Rafinha Bastos que pode levar ao seu afastamento do CQC. A tal''brincadeira'' que o humorista fez com a  Wanessa Camargo gerou uma repreensão da diretoria da Band. Será que essa "quase estrela juvenil", essa quase "cantora famosa" não é capaz de compreender que essa piada (que é infeliz mesmo) não é uma ofensa pessoal. A cantora Wanessa é uma personagem criada para vender disco e fazer shows. A Wanessa real não é conhecida pelo público. A piada pesada é sobre a sensualidade de uma Wanessa que só existe para entreter ou divertir o público. Mais uma vez repito essas palavras tão pesadas não podem ser consideradas ofensas pessoais, mas uma crítica dura (e com humor negro e muito pesado) a sua atuação como personalidade que vende uma sensualidade exagerada até mesmo na época da gravidez. Ou então, por que a Wanessa não parou de fazer shows e de expor a sua imagem em praça pública Será que a quase famosa cantora não tem senso crítico em relação ao seu próprio trabalho? A resposta a todas essas questões é não!



 E a Wanessa ( a antes Wanessa Camargo) ainda quer fazer sucesso em terras americanas. Será que ela irá suportar a língua ferina de Joan Rivers?.

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Quem sou eu

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Graduado nos cursos de Filosofia e História pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Filosofia da Arte e Estética pela mesma Universidade. Atualmente sou professor assistente b do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Tenho experiência na área de Filosofia, com ênfase em História e Filosofia da Arte, atuando principalmente nos seguintes temas: fundamentos filosóficos da educação, introdução ao pensamento científico e filosofia da ciência, cinema e artes visuais, aspectos formais da arte, criatividade, processo de criação, estética da formatividade de Luigi Pareyson, cultura e modernidade brasileira.