a rua também é lugar de arte
Todos nós sabemos que investir em educação, arte e cultura é um dos deveres primordiais do Estado, mas também deve ser uma obrigação de todos os cidadãos. Em Belo Horizonte, temos uma série de faculdades, escolas, museus e centros de artes. Mas, a classe artística na capital mineira ainda não tem o espaço e o reconhecimento merecido. Os artistas mineiros (principalmente, os artistas que estão em início de carreira) têm uma enorme dificuldade de viver de seu trabalho. O público também reclama da falta de espaços onde ele possa fluir e contemplar a obra artística. Curiosamente, nessa semana, na minha rua (rua Botucatu, no bairro Renascença), deparei com a imagem acima: um painel feito de imagens impressas em colorido pelo sistema do tipo xerox. E percebi que ao encontrar imagens que deveriam fazer parte de uma revista ou livro, de exposição ou de um museu, em plena rua, me deu a possibilidade de entender essas imagens de uma outra forma e com um outro olhar. Se a rua pode abrigar imagens que poderiam estar numa galeria, logo as imagens da rua podem (e devem) ser apreendidas de uma outra forma. Eu posso encontrar nas coisas mais simples do nosso cotidiano o belo e o sublime (aquilo que faz a arte algo fundamental para a nossa vida).