Tornou-se lugar comum afirmar que o século passado presenciou o estabelecimento de uma “civilização da imagem”, isto devido aos grandes avanços tecnológicos de reprodução de imagens e dos meios de transmiti-las. Mas essa “inflação de formas imagéticas” não foi seguida imediatamente por uma ampla disseminação e popularização dos modos de apreensão do sentido e significado de tantos signos, emblemas e sinais da modernidade. O que levou muitas obras a serem consideradas herméticas ou sem sentido lógico aparente.
Entretanto, na contemporaneidade, a imagem se abre a múltiplos olhares. Estes devem estar preparados para apreendê-la. Pois, qualquer imagem (não importando a sua natureza/estrutura) possui uma “história” que pode ser lida e traduzida em palavras. Mas, é necessário uma educação do olhar que a desvele não como invólucro de uma alma íntima e escondida, mas como um forma fecunda de significados.
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