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sábado, 30 de janeiro de 2010

Como a programação de TV no Brasil é chata e sem criatividade












Como a programação de TV no Brasil é chata e sem criatividade

Durante quase todo o ano de 2009, involuntariamente vi e vivi no Caminho das Índias, entre Caras e bocas de um macaco chamado Xico, isto é, mesmo tentando fugir da programação de TV fui obrigado a vivenciá-la. Bastava eu ir até uma banca de jornal para saber tudo sobre a mocinha da novela de Glória Perez. Ou então, quando usava o transporte coletivo sempre me deparava com assuntos ligados a televisão. Resolvi abandonar toda essa modernidade urbana durante as férias de verão. Assim, nesse último mês de Janeiro, viajei pelo Brasil. Conheci o sertão de Caldas do Jorro, de Euclides da Cunha... Durante quase um mês, não vi o que a rede Globo, o SBT ou qualquer outra. Eu sobrevivi sem celular e sem televisão. Mas, quando voltei fiquei chocado. Como a programação de TV é chata, tudo parece estar marcado pelo politicamente correto, pela falta de criatividade... As emissoras funcionam como se fossem "os diferentes iguais", eu explico: a Record se diz diferente, contudo faz a mesma coisa que a Globo (só que infinitamente pior).

Com isso, não quero dizer que a tv deva ser queimada em praça pública. Devemos buscar um outro tipo de televisão e programação. Nesse sentido, há uma saída. E encontrei essa saída assistindo, por exemplo na TV Senac um programa em homenagem ao Paulo Vanzolini, no meio de clássicos como Ronda, na voz da insuperável Márcia, apareceu uma música chamada Juízo Final (não é aquela de a nossa saudosa Clara Nunes gravou). A letra é politicamente incorreta, mas fala aquilo que gostaríamos de dizer quando sofremos a dor de uma separação.

Uma certeza ficou: a Globo e Cia fazem uma programação sem criatividade, uma vez que quem assiste também é sem criatividade e não está aberto ao novo, ao diverso, ao complexo. Eu sei que é uma conclusão rasteira, mas de fato é o que ocorre.

JUÍZO FINAL
No ultimo dia da vida
Despedi-me dos meus pecados
Uns maiores, outros menores
Mas no geral bem pesados
Do outro lado, somente
A ingratidao que sofri
O anjo pôs na balanca e vestido de branco eu subi.

Agora só toco harpa
De camisola e sandália
Espio pra ver la' embaixo
A quadrilha da fornalha
Aquela ingrata hoje está
Trabalhando de salsicha
Espetadinha no garfo
Satanas fritando a bicha.
Ô Demônio, capricha...

Se quiser ouví-lo, pergunte-me como

2 comentários:

Geysson disse...

Eu também não gosto da programação da TV aberta. Ligo na Globo no domindo 16hs ou na quarta-feira 21hs se tiver mostrando jogo do Flamengo, nas outras eu nem coloco.

Uma dica de programa é assistir todo sábado no canal National Geografic um programa que fala-se fotografia. O programa mostra os bastidores de fotógrafos do canal e o que eles fazem para conseguir a fotos que acham ideal.

Uma segunda dica também é sobre fotografia e passa no Canal Brasil, um programa apresentado aos sábados em que fotógrafos são entrevistados e contam sobre suas vidas e como a fotografia os influencia.

É isso ai

Geysson disse...

O programa do Canal Brasil se chama FOTO EM CENA

Quem sou eu

Minha foto
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Graduado nos cursos de Filosofia e História pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Filosofia da Arte e Estética pela mesma Universidade. Atualmente sou professor assistente b do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Tenho experiência na área de Filosofia, com ênfase em História e Filosofia da Arte, atuando principalmente nos seguintes temas: fundamentos filosóficos da educação, introdução ao pensamento científico e filosofia da ciência, cinema e artes visuais, aspectos formais da arte, criatividade, processo de criação, estética da formatividade de Luigi Pareyson, cultura e modernidade brasileira.